A FigueiraViva – Associação de Cooperação e Solidariedade para o Desenvolvimento da Figueira da Foz, fundada através de escritura pública, em 3 de Novembro de 1998, e publicada no Diário da República nº 299, em 29 de Dezembro do mesmo ano, tem como objectivos principais a cooperação, apoio, concessão de bens e a prestação de serviços de segurança social e actividades sócio-culturais, podendo ainda desenvolver outras actividades de natureza formativa, cultural, educativa, recreativa, reforço da participação democrática dos cidadãos no estabelecimento das políticas locais e regionais, defesa do ambiente, desporto e actividades de tempos livres, educação especial e reabilitação de deficientes, apoio à integração social e comunitária, resolução dos problemas habitacionais das populações, promoção e protecção da saúde, apoio à infância, família, juventude e terceira idade, que visem a promoção do bem estar e desenvolvimento harmonioso na área da sua implantação, com vista à progressiva melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Para a concretização destes objectivos a Associação procurará criar, manter e apoiar, entre outras as seguintes actividades:
- Promover Seminários, Palestras, Debates, Conferências, Cursos, Publicações e outras iniciativas no âmbito dos seus objectivos;
- Formação Profissional e Promoção do Emprego;
- Inserção e Reinserção Social;
- Actividades de Tempos Livres;
- Centros de Dia;
- Jardins de Infância;
- Lares de Terceira Idade;
- Creches;
- Defesa e Protecção do Meio Ambiente;
- Educação Especial e Reabilitação de Deficientes;
- Promoção dos Direitos e das Igualdades.
No âmbito destes objectivos a Comissão Instaladora em conjunto com os restantes membros da Associação deliberou elaborar um programa de médio-longo prazo que visasse conseguir estes desideratos.
Assim, estabeleceu três fases: afirmação da Associação através de actividades sócio-culturais que promovam o reforço da participação democrática dos cidadãos; actividades sociais de formação e apoio à integração social e comunitária no âmbito do apoio às populações; criação de centros e estruturas de apoio para grupos sociais com necessidades de apoios específicos.
Para cumprir a primeira fase a Associação apoiou iniciativas cívicas de defesa do património e do meio ambiente e organizou vários eventos através de Conferências, Seminários e Palestras de âmbito local e nacional.
Em finais de 1998, promoveu um debate nacional sobre a regionalização sob o tema: “Regionalizar – sim ou não?”, realizado nas instalações da Universidade Internacional da Figueira da Foz, com a presença de António José Seguro, Carlos Encarnação, Agostinho Lopes e Telmo Correia, moderado por Carlos Magno.
A Associação candidatou-se, em 1998, a um projecto de sensibilização de defesa do ambiente subordinado ao tema “O Ambiente e os Seres Vivos”.
As primeiras eleições verificaram-se em 13 de Março de 1999, tendo a Direcção prosseguido as orientações e o trabalho iniciado pela Comissão Instaladora.
Organizou um ciclo de debates temáticos sobre Agricultura e Ambiente, Sector Leiteiro e Ensino, com a presença de Helena Freitas, João Carlos Marques, João Carlos Abrantes, António Campos, Onório Novo, Arlindo Cunha, António Santos Veloso, representantes da CAP, CONFAGRI, Ricardo Castanheira, Mário Nogueira. Debates realizados na freguesia do Alqueidão junto dos agricultores do arroz, no Bom Sucesso com produtores leiteiros e na Figueira da Foz com os professores do Ensino Secundário, até meados do ano de 1999.
Em Novembro de 1999, no âmbito da defesa do ambiente e património local, apoiou a iniciativa de um grupo de cidadãos e em conjunto com outra associação local “Terra Verde” e uma associação de arquitectos, dois abaixo assinados contra a eventual demolição do actual Estádio José Bento Pessoa e da Piscina do Grande Hotel, com larga participação de cidadãos.
Durante o ano de 2000 e 2001 foi decidido promover um conjunto de intervenções, através de conferências dirigidas a grupos de cidadãos com intervenção em áreas de decisão nas políticas de urbanismo, consumidores e ambiente.
Realizou-se um conjunto de conferências na Figueira da Foz, com participação de arquitectos, autarcas e associados sobre Urbanismo e construção de uma cidade, art deco na Figueira da Foz, Edifícios marcantes e os Planos Urbanísticos da Figueira da Foz, com a presença de Jorge Carvalho, José Manuel Fernandes, Cristina Gaspar e Teresa Batista.
Em conjunto com a delegação da Ordem dos Advogados na Figueira da Foz uma palestra sobre o direito dos consumidores, em Buarcos, com a presença de Mário Frota.
A recuperação ambiental das falésias do Cabo Mondego, realizada na Figueira da Foz, com a presença de José Pinto foi a conferência que completou este grupo de intervenções.
Durante o ano de 2002 a Associação promoveu vários encontros e “work shops” com os associados sobre associativismo e desenvolvimento local, no sentido de dinamizar e preparar quadros que possam intervir no apoio das populações mais carenciadas na área sócio-cultural.
Durante o ano de 2003, em Lavos, iniciou-se um conjunto de encontros com personalidades convidadas sob o tema geral “Pensar a Região – Pensar Portugal”, com a presença de Henrique Neto, João Vasco Ribeiro, Arnaldo Meireles, Augusto Monteiro Valente e António Pedro Vasconcelos que versaram sobre as temáticas do empreendorismo, indústria e desenvolvimento, fundos estruturais, financiamento das associações e do terceiro sector, geoestratégia no mundo actual e o papel da cultura e do audio-visual no desenvolvimento regional. Estas acções tiveram como destinatários os quadros locais com decisão nas diversas áreas ligadas ao terceiro sector com o objectivo de os sensibilizar para a reflexão dos vários problemas económicos, éticos, sócio-culturais da região e do país na área da sua intervenção. O objectivo destes encontros foi o de contribuir para que os intervenientes sociais em geral e os associados em particular, participem duma forma crítica e aberta na discussão dos problemas mais prementes da sociedade portuguesa e, por outro lado, contribuam para alargar as escolhas das suas opções de decisão.
Apoiou o movimento contra a instalação dum aterro de resíduos industriais em Maiorca e integrou a sua “ComissãoAnti-Aterro”.
Durante o ano de 2003 foi decidido elaborar uma candidatura na área da solidariedade e assistência social que vise cumprir a segunda fase do seu programa desenvolvendo actividades de apoio à formação e reintegração social das populações carenciadas do nosso concelho.
Após a aprovação desta candidatura com o Projecto “Educação & Formação, Cidadania & Empregabilidade“, a associação está a promover um plano de trabalho que parte dos recursos locais como pilares estratégicos do desenvolvimento e competitividade, tomando como prioridade os públicos socialmente desfavorecidos, como sejam os beneficiários do rendimento social de inserção e os desempregados de longa duração.
A construção de estratégias de desenvolvimento local consistentes parte da articulação entre agentes económicos, culturais, sociais, políticos, entre outros. E, nessa medida, a cultura de trabalho em rede e o conhecimento inter-institucional são elementos cruciais para a implementação de um projecto de valorização e desenvolvimento dos recursos endógenos de um determinado território. Assim sendo, a colaboração neste projecto que é de todos nós é um benefício para a comunidade em geral.
Durante o ano de 2004 a associação irá iniciar os estudos para a criação de centros e estruturas de apoio para grupos sociais com necessidades de apoios específicos e, por outro lado, promover iniciativas de apoio e divulgação de metodologias de prevenção na área da saúde com o apoio e parcerias de entidades locais, criação dum banco do tempo e iniciar o processo de acreditação junto do Inofor.
José Iglésias – Presidente de Direcção da FigueiraViva